A quadra festiva chegou. Para o provar, hoje em dia, nem sequer é necessário fazer a árvore ou pendurar os enfeites, basta, isso sim – e apesar de não ser aconselhável –, enfrentar um qualquer centro comercial, sobretudo logo após a hora do almoço.
Aliás, sempre me incomodou esta actual romaria às lojas, onde, a contrastar com o espírito (pelo menos, aquele que se pretendia), se assiste ao desfilar de rostos tristes, de portugueses indecisos, que não sabem escolher o que comprar, e de portugueses muito portugueses, que sabem escolher mas que não podem comprar – eu incluo-me mais neste último grupo.
Actualmente, e depois de alcançar um certo estatuto de adulto no meio familiar (e isso até é bom), obrigam-me a comprar prendas a meias, desfazendo qualquer estratagema de fuga ao hábito contemporâneo.
Nada mais me resta a não ser andar pelas ruas, com temperaturas baixas e enfeites brilhantes, a tentar recuperar o ambiente de outros tempos. Paciência! No fundo, eu sei que o Natal não mudou, apenas eu é que cresci (e agora é tudo diferente).
Mas eu ainda gosto…
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