sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

2006

Está na hora de fazer um balanço. "2006 foi bom ou mau?", não é uma pergunta a que se responda de ânimo leve! Há certezas, pois claro, que me invadem a mente, no imediato. Mas há as outras questões, ainda por dissecar.
Amanhã é, então, dia para abordar o assunto (é, no entanto, necessário encontrar o momento de tranquilidade para tal). De qualquer maneira, tenho uma certeza: 2007 vai ser melhor!
Porquê? Porque é que as coisas hão-de ser diferentes este ano?
(fica sempre bem resoponder com recurso a uma questão! Não é?)

Ditador(es)

August Pinochet morreu sem que se fizesse justiça. Saddam Hussein - e segundo se anuncia! -prepara-se para partir, depois de lhe ser aplicada a pena de morte. Pelo mundo, andam judeus a perseguir velhinhos de 90 (ou mais) anos, alegadamente ex-militantes e activistas das receitas de Hitler (a Visão desta semana, apresenta uma reportagem interessante). E meio mundo clama aos céus por justiça!

Em qualquer dos casos, sinto-me vazio. Afinal, quando é que se alcança a "justiça"? Para mim, existe apenas a morte - injusta, de tipos subjugados -, às mãos de uma espécie que não merece tantas oportunidades - mas que também jamais as há-de agarrar! O desfecho da história (da vida, neste caso), não apagará a dor dos 150 xiitas ou de outro povo/vítima qualquer.

P.S.: proponho um suícidio colectivo de todos os ditadores, para esta passagem de ano. São os tais tipos maus, que matam injustamente. Depois passaríamos a outros defeitos. Mas para isso temos 2008, 2009, 2010...

Fim-de-ano

Longe vão os tempos em que, após a overdose de doces natalícios, a malta se reunia em cafés e/ou restaurantes da cidade para longas e inconsequentes (e bem regadas) conversas acerca do fim-de-ano.

As opções percorriam meia-península (e não só, mas sobretudo), passando por Barcelona e Madrid, terminando, quase sem excepção, na inesquecível Galiza. Os anos passam e as vontades mudam, por isso, o plano seguinte passou por encontrar um local que facilitasse o regresso à base – ou não fosse a maioria trabalhar logo no dia 2.

2006, porém, trouxe uma certeza: A malta já não existe!
O que entristece tipos como eu, saudosistas. O que não quer dizer que não me divirta, com outros cenário e protagonistas. Ainda assim, se dedicasse um livro aos meus fins-de-ano já tinha o material necessário.

P.S.: Venha a Figueira, então...

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

SK

"Gentlemen, you can't fight in here! This is the War Room."

Best-seller

Os meus pais compraram ontem o livro “Eu, Carolina”, da autoria de Carolina Salgado. Não é, obviamente, um facto de que me orgulhe, mas também não é algo de que me envergonhe, sobretudo depois de olhar para uma capa que refere que já vamos na 8.ª edição deste best-seller – tão português.

Ao folhear as páginas, trato de observar, apenas – e para já, que nunca se sabe –, as fotografias publicadas, onde se pode ver um Pinto da Costa descontraído, à mesa ou na piscina. Mas o que me chama realmente a atenção é uma imagem captada num camarote de um estádio de futebol, onde estão presentes os sorridentes Pinto da Costa e a sua amiga Carolina, Valentim Loureiro, Gilberto Madaíl (actual presidente da Federação Portuguesa de Futebol) e Hermínio Loureiro (actual presidente da Liga Portuguesa de Clubes Profissionais de Futebol).

A legenda é algo do género: “eu no meio dos patrões do futebol”. E se hoje vejo nos jornais nacionais que há três dirigentes da Liga arguidos no caso “Apito Dourado” é caso para afirmar: apesar de querer justiça, preocupam-me muito mais o presente e o futuro do que o passado.

Natal

Segundo o Correio da Manhã de hoje – que as manchetes são boas, lá isso são! – “Portugal gastou quatro mil milhões no Natal”. Este número seria o suficiente para sustentar um texto crítico, de quem é refém da teia consumista própria da época e esquece, esbanjando dinheiro, o que (e quem) realmente importa.

Prefiro acreditar que gastar tanto – o equivalente à construção do novo aeroporto da OTA (outro bom investimento) –, para quem tão pouco tem, é apenas sinal de quem quer atirar os problemas para trás das costas e dar um miminho aos seus.
Compreendo. Mas não deixa de ser estúpido.

P.S.: eu gastei 160 euros e também (ainda) não ajudei o povo do Darfur (ou de outra região qualquer).

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Tradição

19H00 A comitiva irrompe pela porta principal.
20H00 A comida começa a chegar à mesa. Tudo a postos, começa a refeição.
20H15 Passa-se aos doces. Apesar de tudo, encontra-se “espaço” para mais uma ou outra coisa.
20H25 Café (para um ou dois).
20H35 A comitiva acomoda-se no sofá, por entre os cobertores, e muda de canal, do filme da SIC para as novelas da TVI.
22H30 O serão arrasta-se até ao final da terceira produção nacional de fraca qualidade consecutiva.
23H00 Recolha da comitiva. Uns a casa; outros à cama.
23H05 Período de relaxamento digestivo, no sofá.
00H00 (entra-se no dia de Natal, por entre os cobertores e um sonho erótico)
01H00 Serviço de despertar, pré-defenido durante a véspera.
01H25 Começa a minha noite de Natal, no bar Twisted Club, da Sá da Bandeira. Termina menos de duas horas depois.

(a entrega de prendas estendeu-se entre 15 de dezembro e as 19H45)

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Felicidades

Gustav Klimt

R.

Hoje, foi um bom dia! Gosto de novas vozes.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Cinema

Para quem não teve o prazer de ver, deixo aqui o conselho agora que se aproximam fim-de-semana e férias de Natal (conforme o caso!). A Última Hora, de Spike Lee...


... com Edward Norton. E uma daquelas cenas que não se esquecem.

FF

O Correio da Manhã é o jornal mais vendido em Portugal. Essa vantagem – para o Jornal de Notícia e para os diários desportivos – é, além de confortável, analisada pelos críticos como o rosto do país que temos, onde a dita notícia é tratada com simplicidade (nos casos sérios) ou com relevo empolado (nas restantes histórias de cordel).

Eu tenho (para mim!) a resposta a este enigma, onde a qualidade de Público, DN e outros que se acham mais sérios nada pode perante a concorrência do Correio da Manhã: um jornal que apetece comprar todos os dias, por 800 caracteres (mais coisa, menos coisa) sumidos na última página tem de ser o líder de audiência.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

...

Barbera

Joseph Barbera morreu.

Claro que, neste caso - tal como em tantos outros -, o termo morreu é um simples estado físico pouco ou nada relevante.

P.S.: são os Flintstones, mas podiam ser o Tom and Jerry, o Scooby-Doo ou outro qualquer.

Licor

No início da minha vida de libertinagem, poucas (ou nenhumas) coisas interessavam. Lembro-me de estar sentado no S., no Bairro, a beber uma daquelas bebidas que fazem mesmo mal – ainda hoje, não percebo como as serviam a putos –, preocupado com questões importantes (para um rapaz de 15 anos), como, por exemplo, sobre o que consumir no final de cada jantarada com os amigos.

Havia a necessidade de parecermos (bem) adaptados à má vida, como mais nenhum outro. Café, amêndoa amarga ou aguardentes passaram a ser correntes, mesmo com o facto dessas bebidas quase nunca nos “caírem” bem, ou nem sequer gostarmos delas. Isso era secundário.

Até que um dia, alguém do grupo se lembrou de pedir um licor. “Coisa de mulher”, pensaram (e disseram) os mais duros, fiéis ao trago difícil. O licor viajava de perto, mas poucos o conheciam. Eu lembrava-me de qualquer coisa, depois de uma visita à fábrica, na Lousã, no âmbito da defunta área escola.

Após a aproximação inicial, o Licor Beirão passou a ser o néctar predilecto. Sentiamo-nos, finalmente, completos, com um digestivo que nos sabia realmente bem. E era produto “caseiro”, do distrito.

Agora, vejo publicidades televisivas e outras pagas a peso de ouro – até com recurso a ex-pré-candidatos à presidência da república – e um cartaz gigante no eixo Norte-Sul. É de todos, mas pouco utilizado por mim. Embora cada brinde daquilo, guarde uma recordação especial.

Casaco

É nestes dias que, ao arrancar da cama – a horas desumanas –, deparando-me com a temperatura ambiente (aquela janela deve ter algum problema), percebo as mulheres que, normalmente, fazem as compras comigo. O casaco pode ser bonito, mas tem igualmente de cumprir um papel na sombra, promovendo o meu conforto.

E por muito giro que eu o considere, este pedaço de pano não cumpre a sua tarefa de me aquecer. Mas como gosto mesmo dele, não me importo!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Premier League

Existem grandes equipas, daquelas que têm craques com arte para levantar qualquer estádio (em casa ou fora). Depois, há o Chelsea!

Amor

Pode um homem amar duas mulheres ao mesmo tempo? E não falo em as levar para a cama, mas sim gostar suficientemente delas para desvalorizar esse momento, privilegiando a sua companhia – paciência (e tranquilidade, que está na moda) própria do sentimento.

A resposta a esta pergunta que, muito provavelmente, todos os homens fazem um dia, mesmo que na clandestinidade, é simples: sim, pode! Por muita contestação e muitos protestos que possam existir.

Uma imagem...

... que diz tudo! E quando se trata de uma publicação nacional - de qualidade, caso raro -, é imperativo destacar.

clique na imagem para aumentar

Alfred Hitchcock

Alfred Hitchcock foi daqueles que, qualquer a receita utilizada, conseguiu sempre manter o espectador preso à cadeira até ao último suspiro. Entre 1925 e 1976, o mestre do suspense realizou 53 longas-metragens e, em todas, fez uma breve aparição (uma das suas imagens de marca).

Os chamados cameo, foram, agora, reunidos num só vídeo. Só para fãs!

É Natal

A quadra festiva chegou. Para o provar, hoje em dia, nem sequer é necessário fazer a árvore ou pendurar os enfeites, basta, isso sim – e apesar de não ser aconselhável –, enfrentar um qualquer centro comercial, sobretudo logo após a hora do almoço.

Aliás, sempre me incomodou esta actual romaria às lojas, onde, a contrastar com o espírito (pelo menos, aquele que se pretendia), se assiste ao desfilar de rostos tristes, de portugueses indecisos, que não sabem escolher o que comprar, e de portugueses muito portugueses, que sabem escolher mas que não podem comprar – eu incluo-me mais neste último grupo.

Actualmente, e depois de alcançar um certo estatuto de adulto no meio familiar (e isso até é bom), obrigam-me a comprar prendas a meias, desfazendo qualquer estratagema de fuga ao hábito contemporâneo.

Nada mais me resta a não ser andar pelas ruas, com temperaturas baixas e enfeites brilhantes, a tentar recuperar o ambiente de outros tempos. Paciência! No fundo, eu sei que o Natal não mudou, apenas eu é que cresci (e agora é tudo diferente).

Mas eu ainda gosto…

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Reencontro

Recorrendo ao (tal) exercício de futurismo, será mais ou menos assim:

C. Olá!
Cpm. Olá …
C. Não te estás a lembrar de mim, pois não? Sou eu, o C.!
Cpm. ... estás diferente!
C. Pois. Eu avisei-te há uns anos, lembras-te?!
Cpm. (risos) Por acaso! Mas também não estás assim tão mal!
C. Tenho menos cabelo. Mas pelo menos, não cheguei a engordar muito.

(a conversa durará, entretanto, mais três a cinco minutos.)

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Citação # 1

"É escusado. Não posso ter outro partido senão o da liberdade."
Miguel Torga

Ennio Morricone

O cinema personifica, talvez, de forma mais aproximada, aquilo que sinto e como me manifesto perante algo que gosto profundamente. Qualquer nome da sétima arte, embora muitos já somados, que me desperte admiração é e será sempre recordado, por vezes sem a indispensável isenção (ao género do gosto e pronto, sem sentido crítico desfiado). Gosto de ter memória!

E no meio de tantas (más) notícias, uma que faça justiça – e que me reavive algumas paixões – é sempre bem-vinda:

O compositor italiano Ennio Morricone, autor de algumas das mais famosas bandas sonoras do cinema, vai receber em Fevereiro um Óscar pelo conjunto da sua carreira, anunciou quarta-feira a Academia do Cinema de Hollywood.
In Lusa

(entre tantas, hoje escolho esta)

C. SX

Anteontem (na terça-feira) bateram-me no carro, por trás. A responsabilidade pelo toque – e embora confesse que podia ter feito melhor, ao entrar na via rápida – foi, segundo o código, do outro condutor. Por isso, foi ele quem pagou o café e a fatia de bolo rei num café da Espadaneira.

P.S.: o meu carro não sofreu danos.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Stanley Kubrick

Quando despertei já era tarde. Os anos tinham passado e o percurso sido desvalorizado em detrimento do desporto ou das noitadas com os amigos.

Apenas ficou uma parca lembrança do dia em que a morte foi veiculada, com alarido (recordo-me bem!), nos media do país. No fim, fica apenas um conjunto com cerca de uma dúzia de filmes, inacessíveis à maioria da escolha do grande público.

A mim nada mais resta senão continuar a acompanhar a dádiva deixada para trás, para uso do cinéfilo. Curioso, é sentir que à medida que o tempo corre, também eu vou esgotando a arte. Poderei rever, até todos os dias, só que, imperativamente, um dia deixarei de ser supreendido.

Descobri hoje a receita: guarda um filme, nem que seja uma das (poucas) curtas, para o teu momento especial. Entretanto, deixo um conselho para o Natal.

Futebol

Belo fim de ano. Com este, este e este.

A ordem é aleatória.

AAC

Foi tramado, o dia de ontem. Olhamos para a frente e só se vislumbram nuvens, na cidade e no clube (que me importa mais, já que ainda é uma criança!). Hoje vou a Lisboa, naquilo que, certamente, se transformará num manifesto de confiança (para alguns) e solidariedade (hipócrita).
Entretanto, o meu clube continuará como sempre (e para sempre).

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Le Dîner de Cons

Ontem, revi um daqueles filmes que me deixou marcas irreversíveis. Pode não ser dos mais brilhantes, não é certamente, mas, sem se saber muito bem porquê, tornou-se na minha referência para a comédia europeia – a que rege a fronteira entre a ala francófona de Louis de Funès e Jean-Marie Poiré e o fantástico universo Kusturica (que são as únicas que realmente interessam).



Lembro-me como se fosse hoje. Tinha regressado a casa mais cedo que o habitual, cerca das 04H00. Na altura, com uns 20 anos, sentei-me no local habitual (no meu caso, é o chão), pertinho da televisão – é um defeito de fabrico, que não consigo ultrapassar - e enfrentei a tela durante pouco mais de hora e meia, já a contar com os intervalos. Os meus pais é que não acharam muita piada. De facto, eu quando me rio faço-o (demasiado) alto. É Fantástico!

E já agora: a apenas 3,90 euros na Box do Jumbo (no Dolce Vita Coimbra).

Corte e costura

Enfrento, desde que tenho memória, uma sensação de desconforto em relação ao meu cabelo. Até pode parecer estúpido, mas a realidade é que não me consigo libertar da anarquia inerente ao crescimento da minha superfície capilar.

Claro que o fantasma reaparece a cada visita ao barbeiro. Um senhor na casa dos seus sessentas, com o rádio nos discos pedidos (existem, até num sábado de manhã) e conversas que, salvo raras excepções, descambam em críticas ao Governo ou ao recurso ao Viagra.

Por esta altura, ao terceiro dia após o corte – e após comentários pouco abonatórios à forma que o senhor J. (o barbeiro) criou em zonas do meu cabelo, atrás e à frente – surge uma manifestação do lado esquerdo da cabeça que, a não ser com o recurso a uma boa camada de gel, se eleva descontrolada. Terei, como em tantas outras ocasiões, de me deparar com variações próprias (e igualmente estranhas) até à fase que denomino “de relaxamento do crescimento”. Apenas entre as duas e quatro semanas, alcanço uma relativa satisfação – chego a vislumbrar um cabelo com boa aparência.

Mas o tempo de crescimento acelerado transforma rapidamente a minha satisfação em nova visita ao Bairro Norton de Matos, para mais um corte controverso. Para já, vejo duas soluções: ou troco de barbeiro (mais de uma década depois), ou recuso produtos de tratamento capilar aceitando a irreversível (e já visível) calvície.

11.12

Ontem, dei um passo (teórico) importante para o meu futuro. Para Junho prevêem-se novidades.

DC

Na minha profissão, os meus méritos são – e salvo raras excepções –, em simultâneo, deméritos de outros (e vice-versa). Por isso, quando atravesso a porta da papelaria do Sr. Branco, todas as manhãs, e cruzo os meus olhos pela banca dos jornais, sou acompanhado por um sentimento de ansiedade – e algum receio.

E se até ao momento, em pouco mais de quatro anos, tive bem mais dias felizes, hoje parece que todos os meus medos se reuniram e, de uma só vez, se tornaram em realidade. É uma daquelas jornadas denominadas de “porrada histórica” e deve doer mais por ser a primeira.

A concorrência está de parabéns!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Eu, Carolina

Um homem a precisar de recursos (médicos) na cama. Um camarada para árbitros. Um comilão com problemas de flatulência. Um mandante de um espancamento.

E assim se faz um best-seller português, uma fortuna. Ao nível de tantas outras coisas (más) que temos por cá.

Adiós

Ontem morreu um ditador! O Governo chileno não lhe concederá as honras que, para alguns, o ex-presidente Augusto Pinochet merecia. É uma decisão acertada. Não se pode incentivar ao crime, ou perdoar quem destronou (e assassinou) aquele que o povo elegeu democraticamente.

A morte, essa, é um castigo como outro qualquer. Mas não é dos piores.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Saudades



Às vezes sinto-me mais velho do que sou. Mas isso é apenas porque o tempo passa devagar.
O que eu dava por um dia em 1998...

Dali

Galatea de las esferas (1952)
Salvador Dali

Coimbra

Assisto sempre com interesse às (inúmeras) sessões que abordam o tema da requalificação urbana – ainda ontem à noite tive a oportunidade de o fazer. Claro que a sensação torna-se monótona, em cada debate : ideias não faltam – algumas são melhores que outras (esta, por exemplo, é a melhor ferramenta que conheço) –, mas o arranque no terreno, esse, continua adiado.

É compreensível a falta de meios, numa época de “emagrecimento”, para se fazer tudo de uma só vez. Mas são difíceis de entender algumas das opções dos responsáveis pela cidade, em detrimento da resolução de casos prementes – como este!

Entretanto, por entre as ruínas e os projectos, surgem dois (bons) exemplos de excelência. Não sei se merecem entrar na lista de sete, mas, pelo menos, espero que esta iniciativa do IPPAR sirva de alerta: a Alta e a Baixa precisam de ajuda!

P.S.: Lamentável esquecimento, o dos organizadores deste ranking de maravilhas. Descrição: palco de emoções, numa encosta da 2.ª circular (em Lisboa).

08.12

O vento é o fenómeno natural que mais aprecio. Sem dúvida.

Marte

"Pode ser água salgada, água com uma grande quantidade de sedimentos ou água ácida mas é seguramente água, H2O."

Finalmente, uma alternativa!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Venezuela

Hugo Chávez foi reeleito, sem surpresas, para um terceiro mandato à frente dos destinos da Venezuela. Pelos menos até 2013 (embora há quem garanta que o chefe de Estado pretende permanecer no cargo até 2030).

Numa América Latina “virada” à esquerda, o preocupante é exactamente a filtragem dessa linha ideológica (escolhida pelo povo) e as limitações impostas à democracia – visível, sobretudo, nas leis impostas aos media.

Não gosto desta esquerda populista, de dedo em riste contra diablos e outros inimigos (internos e externos). Não gosto da relação de Chávez com Teerão. Não gosto dos elogios do PCP português a este governante - e a outros, de Cuba e da Coreia do Norte (etc...). Mas para já teremos de esperar pelo futuro. É quando estes homens, sejam de esquerda ou de direita, passam de ex-líderes a opressores ou/e ditadores.

Relatório Xistra

Recebi, há pouco, um e-mail que continha um suposto extracto do relatório do árbitro Carlos Xistra em relação à amostragem de um cartão amarelo ao jogador do Benfica Miccoli. Embora não tenha confirmado a veracidade do documento, resolvi publicá-lo visto ter alguma piada. Claro que se confirmar ser uma patranha trato, imediatamente, de desgozar o jovem albicastrense.

“O jogador da equipa visitada, Micolli, desmandou-se em velocidade tentando desobstruir-se no intuito de desfeitear o guarda-redes visitante. Um adversário à ilharga procurou desisolá-lo, desacelerando-o com auxílio à utilização indevida dos membros superiores, o que conseguiu. O jogador Micolli procurou destravar-se com recurso a movimentos tendentes à prosecução de uma situação de desaperto mas o adversário não o desagarrava. Quando finalmente atingiu o desimpedimento desenlargando-se, destemperou-se e tentou tirar desforço, amandando-lhe o membro superior direito à zona do externo, felizmente desacertando-lhe. Derivado a esta atitude, demonstrei-lhe a cartolina correspectiva”.

Futuro

Quando for grande vou fundar um grupo cívico de intervenção, suprapartidário. Terá como única motivação (e preocupação) a divulgação através da palavra dos ataques aos direitos básicos do ser humano. O manifesto constitutivo terá como base a Declaração Universal dos Direitos do Homem, mais algumas pinceladas das mentes de outros activistas. Terá um mapa de pontos negros, e elementos a trabalhar nos cenários diplomático e real. Terá voluntários de todas as cores e feitios, espalhados pelo Mundo. Será, naturalmente, citado desde a sua nascença como candidato ao Prémio Nobel da Paz.

Também tenho outros projectos. Ligados, sobretudo, à área da minha formação escolar e profissional. E outros de carácter desportivo e cultural. Mas, para já, o melhor é concentrar-me no mais importante.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

SIM #1

"Portugal é o Azerbaijão da Europa!"
Francisco Louçã, hoje, em Coimbra.

Que vício enervante, próprio do português, o de se querer assumir lutas que não são suas. Bem visível no político, o da classe dos que caminham em bicos de pés! É este o homem - e sobretudo, é este o discurso? -, que se assumirá como rosto do sim ao referendo? Nem as mulheres andam por cá de burka, nem a questão precisa do discurso inflamado da esquerda populista. Difícil é explicar, ou melhor, fazer compreender, que as convicções e os valores pessoais dispensam a cor!

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Pub!

Sigo no carro, com o rádio sintonizado na TSF, e ouço uma publicidade em género de diálogo:

– Avó: “Oh meu neto, cresceste desde a última vez que te vi!”
– Neto: “É pouco provável avó, já tenho 43 anos.”
– Avó: “Aaah! E a escola, está a correr bem?”
– Neto: “Já não ando na escola, avó!”
– Avó: “Aaah! E já aprendeste a ler?”.

E eis que surge uma daquelas vozes vigorosas e enérgicas a anunciar um computador, mais as suas qualidades (devem ser boas).

Conclusão: tantas buscas, e as respostas para o Alzheimer estão no Staples Office Centre.

Chile

Salvador Allende foi, desde sempre, uma das personalidades que mais admirei – não tanto pela sua “via chilena para o socialismo”, mas por se ter mantido no La Moneda, digno no seu posto, até ao fim. Acho que, no fundo, seria aquilo que todos os homens de coragem fariam em determinação das suas convicções.

Claro que o respeito pela forma (não tanto pelo conteúdo), sobe de tom sabendo-se como foi o trabalho do seu sucessor. E há, de facto, injustiças que – desde o 11 de Setembro de 1973 – jamais se poderão corrigir: por exemplo, a morte tranquila de Augusto Pinochet.

TurqU(E)ia

Os arquitectos da nova Europa estão eufóricos. “Afinal podemos ser apenas uma só!”, rejubilam. O Papa sempre pode ir a solo turco e regressar a casa sem um único beliscão – pelo menos, se a operação de segurança for das mais sofisticadas.

E chega! Parece.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Natal

À passagem desta quadra, há tradições que se devem manter!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

SLB

Podia falar de mil e um assuntos. Mas a esta hora, o raciocínio segue apenas uma direcção: hoje é dia de bola!

É para ganhar! E de certeza que o Maniche não vai fazar falta.

França

Ao saber desta (boa) notícia – e ainda na toada nacionalista, que a data impõe – não deixo de sentir estranheza pelo facto dos nossos responsáveis, após anos de esforço contra o flagelo da doença, nunca se terem lembrado disto: preservativos acessíveis, em preço e quantidade!

O tema, quando se assinala o Dia da Luta Contra a SIDA, é actual. Em Portugal morrem três (!) pessoas infectadas por dia, um número surreal para os dias que correm. Os especialistas afirmam, com certezas, que o preservativo é o meio mais eficaz para impedir a transmissão da doença.

Eu vivo numa cidade com preservativos (são três por caixa, se não me engano) a 2,50 euros. Claro que a maioria das máquinas de rua não funciona.

Portugal

Como podem resistir datas como as de hoje, em plena (e evidente) crise de identidade nacional? Os festejos, esses, resumem-se a pouco mais que um círculo no calendário, feito imediatamente no primeiro dia de cada ano; os conhecimentos em relação ao acontecimento ficam-se pelo adiantar da hora do despertador - para alguns sortudos.

Por acaso, hoje até me sinto (mais) orgulhoso por ser português. Não é para destoar, deve apenas ser defeito de personalidade sentir-me bem com a história dos meus (ou nossos) antepassados.

Sempre me podem dizer que as memórias "valem o que valem", ou até que recordações deste género são uma "uma pirosise", a transpirar de enaltação patriótica. Eu, prefiro recordar os factos! E, já agora, manter a hora do despertador!
P.S.: escreve-se Olivença ou Olivenza?