A questão do Museu Salazar em Santa Comba Dão será, somente, um exemplo mais da fragilidade de uma democracia recente, ainda em fase de crescimento. Se, por um lado, os mesmo de sempre, de braço em riste e cartazes de apoio a um ex-ditador, merecem poucos (ou nenhuns) comentários, o mesmo não se poderá dizer do movimento de esquerda que, carregado de traumas escusados, funciona, igualmente, como um obstáculo à formação da consciência do jovem português.
Tive uma única experiência do género – e mesmo assim, é necessário medir a dimensão das “obras” –, em Amesterdão, quando tive a oportunidade de visitar a casa-museu de Anne Frank. Pelo local, “respira-se”, com recurso a imagens e documentos, as atrocidades da Alemanha nazi. Não se escamoteia, no entanto, ao visitante, a (dura) realidade – acaba por ser uma lição, do que de mau e de bom aconteceu naqueles dias.
Uma lição. Uma “ferramenta” para que certas coisas não se repitam. Evitando, ao mesmo tempo, erguer uma cortina de omissão silenciosa, e intelectualmente desonesta. Hei-de visitar esse museu.
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